A IDOLATRIA É SOBRE O DESEJO

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“Eu quero” – os vícios começam aqui. Então, através de pequenos passos, o desejo se torna necessidade.

O Antigo Testamento se concentra na adoração de ídolos reais, enquanto o Novo Testamento aponta para os desejos subjacentes à idolatria. Somos pessoas de desejos, amores e antipatias. Nossos desejos podem ser bons ou idólatras e até naturais. Por exemplo, devemos desejar ou amar a Deus acima de tudo (Dt 6. 5) – esse é o melhor dos desejos. Estamos propensos a desejar o que os outros têm, que é um desejo cobiçoso ou idólatra. E o povo de Deus foi informado de que na terra da promessa eles poderiam comer o que desejassem (Dt 12.20) – um desejo natural.

Desejos idólatras tipicamente partem de uma semente de desejo que é natural e apropriada quando mantida sob controle. Esses desejos podem ser por finanças adequadas, saúde, filhos obedientes, inclusão, prazer, descanso e justiça. O principal “insight” das Escrituras é que esses desejos normais e até mesmo bons tendem a crescer (Tg 1.15). Assim que ganham forças, eles lutam contra nós como um gigante desamarrado que nunca está satisfeito (Ef 4.19; Tg 4. 1). Sempre que nossos desejos forem direcionados para longe de Deus, nossos corações ficarão menos satisfeitos.

Essa mudança de foco dos ídolos reais para os desejos subjacentes imediatamente nos leva à armadilha da idolatria. Antes de considerarmos as idolatrias de drogas, sexo e álcool que mais chamam a atenção, as Escrituras nos lembram dos ídolos cotidianos das pessoas e do dinheiro. Vivemos pelo respeito e aprovação dos outros (Pv 29.25), e somos obcecados com a renda pessoal (Mt 6.24). Muitas das idolatrias mais flagrantes são construídas sobre esses dois objetos de adoração.

Aqueles que ajudam e são mais sábios sabem que eles próprios são propensos a desejos idólatras e que, como os viciados, se submetem a esse rico ensinamento sobre o desejo e seu remédio.

O povo de Deus recebeu as palavras de Deus. Essas palavras abrem nossos olhos para que possamos ver como ainda forjamos ídolos de todos os tipos, e essas palavras nos apontam para Jesus, a quem podemos proclamar uns aos outros com paciência e bondade, e conhecer o Deus que fala a verdade e dá vida abundante.

Por Edward T. Welch

(Texto completo: Vícios e idolatria).

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